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quinta-feira, 08 julho 2021 16:47

Diretor Nacional de Primeiros Socorros da Cruz Vermelha de Moçambique no Palácio Conde 'Óbidos

Recorde a Operação Embondeiro que mobilizou milhares de voluntários em 2019. 

O Diretor Nacional de Primeiros Socorros da Cruz Vermelha de Moçambique esteve, hoje, em reunião com elementos da Direção da Cruz Vermelha Portuguesa no sentido de estreitar relações e partilhar boas práticas. 

João Fidélis de Sousa, visitou o Palácio Conde 'Óbidos, onde estão sediados os serviços Centrais da CVP,  no sentido de partilhar a experiência positiva das relações com Portugal, manifestamente sentidas no período de recuperação das zonas afetadas pela passagem do Ciclone Idai, em 2019. Foi, também, tema desta reunião a abordagem de projetos futuros conjuntos, sobretudo no âmbito do Socorrismo.

Teresa Silveira, Diretora da Escola de Socorrismo da Cruz Vermelha Portuguesa, marcou presença na reunião e disponibilizou, prontamente, todo o apoio necessário à implementação de novas estratégias de resposta a situações de emergência e catástrofe pela Cruz Vermelha de Moçambique, sobretudo no que concerne à formação e capacitação de técnicos. 

 

Recorde-se que a  24 de março de 2019 seguiu para a Beira a primeira equipa de Voluntários da CVP e um Hospital de Campanha, com o intuito de apoiar as milhares de vítimas do Ciclone Idai. 

A OPERAÇÃO QUE MUDOU O RUMO DE MILHARES DE PESSOAS 

NO BAIRRO DE MACURUNGO, BEIRA

A Operação Embondeiro por Moçambique teve início exatamente a seguir ao Ciclone Idai devastar a província de Sofala, em março de 2019.

Esta Operação marcou para sempre a história da Cruz Vermelha Portuguesa. Se foi o trabalho em equipa que permitiu os resultados que aqui partilhamos, é este trabalho em equipa que queremos preservar!

Como resultado desta Operação, ficam alguns dados:

Foi montado um Hospital de Campanha em Macurungo para apoiar o Centro de Saúde e a Maternidade destruídos pelo Ciclone, onde se registaram mais de 5 mil atendimentos; foram enviadas 220 toneladas de ajuda humanitária por vias aérea e marítima, nomeadamente, enlatados, produtos de higiene, produtos de limpeza, medicação, equipamentos médicos, equipamentos desportivos e produtos de puericultura; os técnicos de Saúde local foram capacitados com formação devidamente planeada e adaptada, promovida pela Escola Superior de Saúde da Cruz Vermelha Portuguesa.

Por forma a potenciar a angariação de fundos, promoveu-se a iniciativa Músicos por Moçambique, uma linha de valor acrescentado (761 202 222), que contou com o apoio de João Gil e Rui Veloso e envolveu a multinacional Altice e Sapo Portugal. Artistas dos mais diversificados estilos enviaram, de forma voluntária, vídeos e músicas juntando-se assim aos mais de 300 voluntários envolvidos, mais de 250 entidades do setor privado, social e público e milhares de doadores particulares.

Na totalidade, foram angariados 2.659.357,16 euros discriminados online, cujas despesas estão igualmente públicas. Este valor permitiu, também, à Cruz Vermelha Portuguesa, reconstruir o Centro de Saúde e a Maternidade de Macurungo, destruídos pelo Ciclone. Designadamente:

  • Edifício do Centro de Saúde totalmente recuperado e funcionalmente reorganizado;
  • Edifício da Maternidade totalmente recuperado, ampliado, com inclusão de um espaço para Farmácia, com alteração na estrutura funcional e equipado;
  • Edifício do Laboratório reabilitado;
  • Edifício da Lavandaria/Cozinha recuperado;
  • Criação de um novo edifício onde estão incluídos os Serviços de Urgência, Apoio Administrativo e Apoio Social;
  • Criação de novas áreas funcionais, autónomas, para tratamento da Tuberculose e da Malária, com introdução de instalações sanitárias dedicadas;
  • Reabilitação da Portaria;
  • Toda a área da Unidade de Saúde foi morada tendo sido colocados dois portões de acesso.

Para o pleno funcionamento destes edifícios foi crucial gerar condições de autonomia funcional através da criação de uma Torre de Abastecimento de água com capacidade para abastecer todos os edifícios e a recuperação de todo o sistema de redes de águas e esgotos; criação de uma fossa séptica para o novo edifício e reabilitação das já existentes; criação de uma Central de Depósitos eficaz e de um espaço que centralizasse o armazenamento de lixo até à sua recolha, incluindo uma incineradora com capacidade de 70 Kg/hora por forma a combater o lixo acumulado; colocação de um novo Gerador; criação de vestiários, instalações sanitárias e salas de descanso em todos os edifícios com implementação de cacifos; janelas com redes mosquiteiras; modelação do terreno para drenagem eficaz de águas pluviais; implementação de um anel de segurança em torno dos edifícios; criação de lugares de estacionamento, zonas de estadia para utentes com bancos, arruamentos, zonas verdes e cerca de 100 árvores plantadas para sombra em períodos longos de espera.

Em acréscimo, importa referir a colocação de equipamento médico não existente nesta Unidade de Saúde até então, para deteção precoce de complicações nos fetos, nomeadamente cardíacas em gravidezes de gémeos, por forma a um adequado encaminhamento e seguimento.

A Obra, foi inaugurada e transferida formalmente às Entidades Moçambicanas um ano depois da passagem do Ciclone. Passou assim, a servir os utentes do Centro de Saúde Urbano de Macurungo. 

Sublinha-se, ainda,  que as iniciativas de formação e apoio por parte da Cruz Vermelha Portuguesa aos técnicos de saúde locais se mantiveram a pedido das Autoridades de Moçambique.

O resultado da Operação Embondeiro por Moçambique foi muito elogiado pela Cruz Vermelha Moçambicana, pelas Autoridades Moçambicanas e pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e Crescente Vermelho.

Todas as fotografias, aqui.

Deixamos o link do artigo da Visão desta semana sobre a Obra na Beira:

https://visao.sapo.pt/atualidade/2020-01-14-idai-complexo-de-saude-da-beira-reconstruido-pela-cruz-vermelha-portuguesa-abre-portas-dois-meses-antes-do-previsto/

 

 

 

 

 

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